sábado, 3 de janeiro de 2009

Só estava meio abandonado, como acontece muito no Brasil, o abandono

Ontem estive no Forte de Copacabana pra ver e sentir a Roda Gigante instalada por lá.
Aproveitei antes e dei um pulinho com o meu amor no Arpoador.
Pensei: Pra quem tem o Arpoador, para que ir a Salvador?
É tudo tão semelhante... Só muda o sotaque, só muda a gente.
Ah, então lá se vai porque se muda.
E isso é bom!
Mudanças, sempre benvindas!!!!!
Por isso, depois de avistar o bairro das alturas, fomos no Museu do Exército situado dentro do Forte.
A História do Brasil, suas batalhas, os bandeirantes, os índios, o Império, os imperadores, as revoltas, as guerras, as lutas armadas, as grandes embarcações, muitos retratos, bonecos-réplicas de Duque de Caxias, conhecido em épocas remotas como o Pacificador, de outros tantos Bandeirantes, como o conhecido Anhanguera, muita história contada ali. Por que diabos nossos grandes cineastas não as retratam num super filme épico?
Que tal ago bem produzido como o filme Apocalypto, de Mel Gibson?
Também tivemos nossos índios guerreiros.
Transformar em filme o livro Iracema, de José de Alencar já seria um bom começo.
Pano para manga aqui não falta!
É só pesquisar.
E será que eles pesquisam o que?
Os únicos filmes nacionais bons que tenho visto tratam precisamente de temas contemporâneos, do nosso dia a dia, como : Linha de passe, Ensaio sobre a Cegueira, Estômago, os últimos três melhores que vi no telão de cinema além de outros ótimos documentários.
O Brasil teve muitas guerras importantes.
Muitos marcos.
Não devemos esquecer nem abandonar o nosso passado.
E por falar em tempos passados, vai aqui um breve trecho do livro de Pedro Calmon, História do Brasil, volume V, A República:
"Na Bahia.
Na Bahia se pensou em lutar, desobedecer, separar a província... Dirigia-a um presidente forte, o conselheiro Almeida Couto, cujos adversários eram o partido conservador, desfalcado, havia pouco, do seu principal suporte, Cotegipe, a ala federalista do partido liberal (Ruy Barbosa), a juventude republicana com alguns intelectuais e escasso eleitorado. Deu-se ali o contrário do esperado: na noite de 16, gente exaltada, da suposta "guarda negra"(antigos abolicionistas, que juravam defender a monarquia que emancipara os escravos), correra a pau os republicanos. Em palácio, o presidente era solicitado a manter-se firme, podendo contar com o desvio dos acontecimentos por uma atitude decidida, talvez contra-revolução..."
Algo nos lembra isso? Nos vem em mente algo parecido acontecendo nos dias de hoje?
Não, só se for na mente do presidente, porque a mente do povo brasileiro está cada dia mais alienada e menos ocupada e preocupada com o que vem daqui pra frente.

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