Sendo assim, vai

Sete de setembro
Set de filmagem
Sete maravilhas do universo
Sete pecados capitais
Sem mais delongas
Setembro vai

A GOSTO E A CONTRAGOSTO

Agosto veio

Agosto vai

Fica a gosto de quem sai

Agosto veio

Agosto vai

E só o gosto fica

NÚMEROS E TÍTULOS

Gosto das proparoxítonas.
Hoje, revendo seu significado li que também são conhecidas como palavras esdrúxulas. Adorei.
Assim como adoro todas: púrpura, bárbara, tâmara, lâmpada, fábula, mágica, lógica, síntese, rápida, ética, música e um sem fim de signos fonéticos.
Também gosto do som TR : trinta, quatro, três, treze, quatrocentos, trezentos.
Palavras fortes.
Palavras marcantes.
Mas marcantes mesmo são as certezas.
Contudo, a única certeza que temos do futuro que virá é que as proparoxítonas: número e título, sempre ficarão.
Serão ainda assim, surpresas inesperadas.
Incertezas.
Números da loteria, títulos de livros, números de telefones, números de ruas, títulos compulsórios...
Novos números e novos títulos.
O resto que vem é dúvida.
Porém, também é frequência, sequência, anáfora, é repetição.

Julho já está no final

Segundo semestre
Estamos aí
Mil afazeres
Confiar, confirmar
Olho no olho
Leitura
Livros bons e livros maus
Paciência
Perseverança
Desespero
Sossego
Desassossego
Esquisitices
Seres humanos
2001, uma odisséia no espaço e George Bush ganha a presidência dos Estados Unidos,
2002, uma besteira qualquer e é ano internacional das montanhas e do ecoturismo,
2003, uma espera contínua e Luís Picarinácio da Silva assume a presidência do Brasil,
2004, uma chuva ácida e é ano internacional do arroz,
2005, uma longa jornada e a Rede Globo comemora seus quarenta anos,
2006, uma cretinice aguda e é o ano do cachorro pela astrologia chinesa,
2007, um bando de loucos desvairados e o aniversário de cem anos do escotismo,
2008, uma estrada de barro e o ano do sapo, do golfinho, da batata
2009, o resultado da eleição das sete maravilhas do Brasil,
E aí, tudo de novo,
De volta ao que era antes

Voar, pousar, observar

Ando meio cansada de planejar meu futuro.
Desde pequenininha já pensava nisso.
Sempre me imaginei direitinho, fazendo previsões, e no fim das contas, acertando o que eu seria aos 15, 18, 20, 22, 25, 27 anos.
A proximidade e o peso dos 30, caminhava a passos ligeiros e foi-me dando um arrepio daqueles de animal que fareja perigo a poucos metros.
Eu, sempre dona de mim, estava virando uma vítima da sociedade copiadora dos costumes ideais.
Fossem norte-americanos, fossem europeus e agora Pequim, mandarim. No Japão, tudo errado, chineses, costumes chineses. Japoneses, não seria bem o caso.
Antes fossem esses costumes, tais quais muito mais avançados.
O momento chegado do verde-amarelo e da ordem e progresso tupiniquim, não chegava nem perto do querer e fazer o bem, não importasse a quem.
Do alto dos meus de repente trinta, passei a enxergar que havia chegado a hora do momento salve-se quem puder, cada um por si e por favor, na sua gaiola.
Deu a louca agora!
E a doida diz:
Prefiro assistir de fora esse espetáculo das andorinhas atrás dos pardais.
É engraçado, irritante, atormentador, embaraçante.
Serve para revelar tanto, e que nada acontece se você não se mexe, pois tudo roda.
A coruja, quem diria, tem cara de coroa, mas em sua alma vive uma pomba-rola.
O beija-flor com cara de novinho, não passa de um velho ligeirinho.
Escolha um animal de asas e o eleja seu espelho.
Voe, pouse, observe.
O planejamento agora virá.

Neste melhor dos mundos possíveis

Está provado que as coisas não podem ser de outra maneira, porque, sendo tudo feito para um fim, tudo existe necessariamente para o melhor dos fins.
Os narizes foram feitos para o apoio dos óculos, e por isso temos óculos.
As pernas são visivelmente instituídas para o uso de calções, e inventaram-se os calções.
O destino das pedras foi o de serem talhadas, para a edificação de castelos.
Ao principal barão de uma província deve caber a melhor casa.
E, sendo feitos os porcos para serem comidos, comemos porco o ano inteiro.
Por conseguinte, aqueles que afirmaram que está tudo bem, disseram uma tolice; era preciso que dissessem que tudo vai da melhor forma.


trecho do livro: Cândido ou o Otimismo - Voltaire

E o futuro...

Vem de fruto o futuro?
Vem de fato o futuro?
Palavra que fala do tempo que ainda está por vir.
Mas ele ainda não existe.
Ou já existiu?
Passado, presente e futuro.
Todos juntos, numa roda gigante.
O velho, o adulto e o bebê.
Antigo, contemporâneo, pós-moderno.
Pedra, pau , eletricidade.
Pedro, Paula e Eletra.
Homossexual, heterossexual, pan-sexual.
Depois do passado, presente e futuro, o que virá?
Humanos, andrógenos, novos dinos, será?

DE UM AMOR PARA OUTRO AMOR

Falamos a mesma língua, pensamos do mesmo modo, sentimos os mesmos arrepios, olhamos para o mesmo lado, ouvimos as mesmas canções, tocamos as mesmas teclas, gostamos das mesmas coisas, cheiramos os mesmos cheiros, notamos as mesmas estranhezas, buscamos as mesmas verdades, cremos em tudo o que sonhamos e se nos perguntam se isso é amor, respondemos: sim, isso só pode ser amor! Daí, passado um tempo, morri, ressuscitei, ele me deixou e descobri que era dor e terror. Custou a passar esse temor. Hoje virou pavor. Só sobrou a minha cauda de pavão e o meu grande coração.

DESEJO

Ana ▒ ▒ ▒ Desejo é uma querência intensa, uma vontade louca de ter algo ou alguém, mesmo que para isso se cometa o maior de todos os devaneios, a maior de todas as insanidades, a mais pura das inconsequências, ou que se dê um ataque frontal, ou uma tímida investida; porque o desejo não se realiza sem o menor esforço, somente dando algo de si, muitas vezes o máximo, poucas vezes o mínimo. Assim, enfim, o desejo se realiza, ou não, como bem diria Caetano. Não e sim, sim e não.

O futuro a quem pertence...

Tudo acontece na hora certa.
O universo realmente dá seu jeitinho.
A natureza é sábia.
Mas...
E os filósofos, o que dizem disso?

Sobre o futuro, que nada mais é do que uma inclinação do presente ou uma possibilidade do que ainda está por vir, sendo assim, uma negação do passado que já se foi, deste presente que ainda está aqui.

Sai, sai, sai, sai, sai !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Filosofia de garrafão de vinho a essa hora, não!

Vamos compreender as frases dos grandes mestres como:

Victor Hugo : O futuro tem muitos nomes. Para os débeis é o inalcançável. Para os temerosos, o desconhecido. Para os valentes, a oportunidade.

Friedrich Nietzsche : Somente aquele que constrói o futuro tem direito de julgar o passado.

Confucio : Estuda o passado se quiser prognosticar o futuro.

Edmund Burke : Nunca podes planejar o futuro através do passado.

José Ingenieros : A vida humana representa a maior parte das vezes, uma equação entre o passado e o futuro.

Paul Ambroise Valéry : O problema dos nossos tempos é que o futuro já não é o que era.

Eleanor Roosevelt : O futuro pertence a quem crê na beleza de seus sonhos.

Woody Allen : Me interessa o futuro porque é o lugar onde vou passar o resto de minha vida.

José Ingenieros : Os homens e povos em decadência vivem recordando-se de onde vieram; os homens geniais e povos fortes só necessitam saber para onde vão.

Gonzalo Torrente Ballester : Não há passado nem futuro, tudo está no presente.

Michel Eyquem de Montaigne : Não existe o presente: O que assim chamamos não é outra coisa que o ponto de união do futuro com o passado.


E depois de Montaigne, eu não sou mais nada além desta linha.