segunda-feira, 4 de março de 2024

Infinitos ♾️ particulares

Da loucura dele ter sido feito pra mim // Mas não estar comigo // A vida machuca //
Do tormento de estar livre para ele // Mas a minha liberdade de ir e vir tê-lo deixado assustado // A vida tem machucado //
De os dois terem escolhido se amar // Mas do tempo de cada um ter sido colocado à prova // A vida inova //
Passa o tempo e não ignora // A parada // A distância // A imaginação // O tesão // O tropeço // Um com o outro // A vida reprova essa falta de coito // Quer ele, quer ela // Que sejam um oito 🕗

terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

quarta-feira, 8 de julho de 2020

Revelações no cenário sertanejo

A música sertaneja faz parte das canções mais populares do Brasil. Quem nunca se emocionou ao ouvir um "Chororó" e não se pegou no flagra chorando na cama do quarto de hotel, no banco do carro durante uma viagem longa ou na poltrona de um ônibus com o fone de ouvido ligado ao máximo, estourando os tímpanos, martelando na cabeça momentos de amores não correspondidos, relembrando frustrações ou arrependimentos que ficaram no passado? Tem gente que só de ouvir uma melodia triste, ou escutar uma história cantada que retrata o fim de um relacionamento, já lacrimeja no banheiro ou até mesmo na mesa de um bar rodeado de garçons e de um pessoal desconhecido. Nessa hora todo mundo fica igual, todo mundo se entende. São as emoções que as famosas músicas "dor de cotovelo" podem nos proporcionar quando estamos com o coração sofrido. E você pode ter vinte anos, trinta, quarenta, cinquenta, não importa a idade, se acaso estiver passando por uma tormenta amorosa ou tiver perdido um grande amor, onde quer que esteja, ao começar a tocar na rádio uma música sertaneja de raiz, não hesite em tentar enxugar suas lágrimas. Faz parte do contexto a tristeza vir à tona. Todo o intérprete musical aspira fama e sucesso quando planeja o tema principal de seu repertório. Ao escolher a música que aborda a sofrência, ele atinge o clímax do show. O público chora, mas vai ao delírio. Por isso o cenário sertanejo tem revelado inúmeros músicos dia após dia. É um mercado em franca expansão, afinal mexe demais com os sentimentos, com nossas inseguranças e fraquezas. E embora haja derramamento de lágrimas, há também suspiros de alívio. Pelo som do sertão surge a consciência e a clareza de que a vida é um misto de dor e alegria, e que nesse ritmo, os amores vem e vão.

sábado, 4 de junho de 2016

Carta para um futuro melhor

Moro na Barra da Tijuca desde os doze anos, e atualmente, aos quarenta, sinto necessidade de ajudar, fazer um serviço voluntário, um trabalho de resgate para o que percebo vir crescendo muito depressa em meu bairro: crianças e adolescentes de rua. Vejo todos os dias o engarrafamento de veículos de quatro rodas, os ambulantes vendendo balas e biscoitos, as buzinas, todo o caos que se forma ao redor da Cidade das Artes, enquanto que dentro dela, existe uma profunda paz e silêncio reinantes. Percebo com isto, que posso e devo fazer algo para mudar este quadro em desequilíbrio constante nos últimos anos. Gostaria de apresentar à Cidade das Artes um projeto de cidadania, um projeto que diga não às crianças de rua, algo para resgatá-las do abandono e colocá-las dentro do cenário artístico e cultural, com atividades de pinturas ao ar livre, por áreas estendidas e determinadas dentro do espaço Cidade das Artes. Além disto, colocá-las para apreciar e aprender música, grafite, gravura, escultura, desenho, moda, fotografia, literatura, todo o tipo de arte, aproveitando este enorme espaço criado para tal propósito. Lá no sul da Bahia em Trancoso, há um espaço maravilhoso ligado à música clássica, perfeitamente bem aproveitado, no meio da paisagem natural da mata nativa. Em Niterói, no MAC, Museu Oscar Niemeyer, houve certa vez um desfile considerado icônico, com manequins descendo as ladeiras arredondadas da estrutura acimentada, tudo patrocinado pela marca francesa Louis Vuitton. No Rio de Janeiro temos o Teatro Municipal e a alguns quilômetros de distância, na Barra da Tijuca, temos a estrondosa Cidade das Artes. Posso imaginar que a Casa esteja aberta a muitas propostas. Por falar em Casa, em Portugal, na Cidade do Porto, existe a Casa da Música, admirável lugar onde muitos músicos, cantores e cantoras de todas as nações têm se apresentado. Cursei Belas Artes, na UFRJ, por isso tenho este projeto. Na verdade, tal quimera é um sonho a ser realizado. Penso por mim, penso pela sociedade, penso pelas crianças. Haveria possibilidade de apresentar meu projeto à Cidade das Artes? Muito obrigada, Anika (E após longa espera... eis a questão: Os responsáveis pela leitura de e-mails responderam o meu apelo? Não! E sem sombra de dúvida: nem vão! Organizações Fantasma não respondem a chamados de plebeus, só sinalizam aos Godzillas. Não se preocupam com os pequenos, só se ocupam com os grandes. E lá estão, os Gods Jaspions nipônicos. Durante a Olimpíada 2016 do Rio de Janeiro, os olhinhos puxados assinaram contratos, irão patrocinar a Casa por um período vasto; a Cidade das Artes sediou assim a Casa do Japão para enfim comunicar e avisar sobre os Jogos Olímpicos de Tokyo 2020.) Bom, então só me sobra desejar um Arigatô, um Sayonará e sabe-se até quando ou até lá!)